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Mercado livre de energia bate recorde de migrações no primeiro semestre de 2023
CCEE indica entrada de 3.330 unidades consumidoras no período, sobretudo de empresas ligadas ao comércio, serviços e indústria alimentícia
Publicado em: 26/07/23 12:10 hs | Atualizado em 26/07/23 12:14 hsBalanço da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE confirma o crescimento acelerado do mercado livre, que já representa mais de 37% da demanda total de eletricidade do país e tem atraído cada vez mais indústrias e empresas em busca de uma conta de luz mais flexível e personalizada.
O segmento ganhou 3.330 novas unidades consumidoras no primeiro semestre de 2023, volume recorde que representa um avanço de 52% na comparação com a primeira metade do ano passado. Ao final de junho, o ambiente acumulava 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais. A maioria é dos ramos de comércio, serviços e alimentos, que estão de olho na possibilidade de ter maior poder de decisão sobre o seu fornecimento de energia.
A maior parte desses novos pontos ainda está concentrada no Sudeste e Sul do país, regiões onde a industrialização é mais intensa. Porém, a CCEE chama atenção para um avanço significativo em estados como Pernambuco, Goiás e Ceará, que se tornam mercados com bom potencial de crescimento a partir da redução dos requisitos para migração de consumidores e da própria pulverização do ambiente livre.
“No mercado livre os clientes podem escolher o seu fornecedor. Essa liberdade permite negociar prazos, valores, comprar energia sob demanda e de fontes renováveis. Ainda é um segmento restrito aos grandes consumidores, mas estamos trabalhando para que fique acessível para toda a sociedade”, diz Talita Porto, Vice-Presidente do Conselho de Administração da CCEE.
A partir de janeiro de 2024, todos os consumidores ligados na alta tensão terão a opção de migrar para o ambiente, independentemente da sua demanda. Essa mudança está prevista na Portaria 50/2022, do MME, que recebeu contribuições da CCEE. Com essa novidade, a Câmara de Comercialização estima um potencial de 72 mil novos pontos de consumo que terão viabilidade para escolher mudar para o segmento.