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CCEE registra aumento de 2,1% no consumo brasileiro de energia em agosto

Produção de eletricidade em parques eólicos e fazendas solares cresceu 29,1% e 32,7%, respectivamente, complementando a oferta para a população

Publicado em: 20/09/24 09:30 hs | Atualizado em 20/09/24 14:46 hs

Imagem noturna de uma cidade iluminada

Responsável por receber e analisar em tempo real os principais dados do mercado energético brasileiro, a fim de contribuir para o seu planejamento, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE acaba de divulgar mais uma edição do Boletim InfoMercado Quinzenal, que traz dados completos sobre o comportamento do setor em agosto de 2024. No mês passado, o Brasil consumiu 67.584 megawatts médios, uma alta de 2,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na avaliação da CCEE, o resultado é reflexo do bom desempenho de indústrias como a extração de minerais, a metalurgia e a produção de manufaturados diversos. O aumento das temperaturas e as menores chuvas na região Sul e em estados como Goiás, Amazonas e Pará também influenciaram o crescimento do consumo, uma vez que, nos dias mais quentes, há um uso mais intenso de equipamentos de ar-condicionado.

No mercado regulado, aquele em que o consumidor adquire o seu fornecimento diretamente das distribuidoras, houve uma alta de 0,8%. Já no ambiente livre, no qual é possível escolher de quem se quer comprar energia e negociar preços e condições de contratos, o crescimento foi de 4,0%.

Consumo por região e ramos de atividade econômica

Dentro do mercado livre, a CCEE acompanha a demanda por energia elétrica em 15 setores, com o objetivo de fornecer bons indicadores econômicos para o mercado. Em agosto, as maiores altas se concentraram em ramos como Extração de Materiais Metálicos (10,4%), Saneamento (7,7%), Madeira Papel e Celulose (6,7%) e Manufaturados Diversos (5,7%). Já entre os que registraram declínio estão o Setor de Telecomunicações (-4,3%) e a Indústria Têxtil (-1,3%).

Os dados exclusivos da CCEE revelam que uma boa parte do país registrou demanda maior por eletricidade em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Destaque para o Espírito Santo (10,2%), Maranhão (8,6%) e Rio Grande do Sul (7,4%), com as maiores taxas. O Centro-Oeste e uma pequena parte do Norte e do Nordeste registraram consumo menor, com destaque para o Acre (-9,3%), Mato Grosso (-7,6%) e Piauí (-4,9%).

Geração de energia

A CCEE também acompanha em tempo real a geração de eletricidade no país. No comparativo anual, as hidrelétricas entregaram quase 40 mil megawatts médios para o Sistema Interligado Nacional – SIN, uma queda de 10% no período apurado. Entretanto, vale destacar o complemento de outras fontes renováveis, que têm garantido a segurança no fornecimento de eletricidade para o país. A produção nos parques eólicos e fazendas solares saltou 29,1% e 32,7%, respectivamente. As térmicas, também complementaram a oferta, fornecendo 23,3% mais energia para o SIN.

Cenário de Exportação

No período, o Brasil exportou 948 MW médios de energia elétrica para a Argentina, frente a 245 MW médios em agosto de 2023. No balanço do setor elétrico, a comercialização para países vizinhos é contabilizada como um “consumo” e, portanto, se fossem considerados estes fatores nos resultados, o volume de energia consumido no país teria crescido 3,1% em agosto frente ao mesmo mês do ano passado.

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