Nesta quinta-feira (5) a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE reuniu agentes associados, entidades setoriais, integrantes da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL e representantes do Poder Legislativo para dar transparência ao relatório sobre o ‘período sombra’ do monitoramento prudencial, enviado ao órgão regulador na última semana, e discutir aprimoramentos no arcabouço regulatório a fim de aumentar a segurança na comercialização de energia.

Vista pela CCEE como pilar crucial para a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro, a iniciativa ainda em fase teste, mas que deve entrar em vigor após elaboração abertura de Consulta Pública e deliberação da ANEEL no ano que vem, segundo a própria agência, permite que a Câmara de Comercialização faça uma análise ainda mais profunda das transações do mercado, anteveja eventuais riscos sistêmicos e tome medidas que possam minimizar impactos.

Para Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, o encontro desta quinta-feira foi uma oportunidade para estabelecer o diálogo entre os principais atores do processo de implementação e debater a construção dos melhores mecanismos, com base no que foi observado nos últimos 12 meses. “É fundamental que haja compartilhamento de resultados, trocas de experiências e promoção do debate acerca da busca pelo melhor caminho a ser seguido. A segurança de mercado é e sempre será uma das nossas prioridades na CCEE”, complementa o executivo.

Durante o evento a CCEE deu destaque para a condução do Comitê de Implementação do Monitoramento Prudencial, órgão consultivo formado por representantes do setor. Entre as principais propostas colocadas para debate pelo time estão a simplificação das regras de declaração para os consumidores e um tratamento diferenciado para aqueles com demanda igual ou maior que 9 megawatts médios, isentando 97% da categoria de participação no mecanismo.

O encontro também buscou esclarecer aos participantes questões relacionadas à segurança da informação, outro ponto importante da operação. A CCEE reforçou que informações fornecidas pelos agentes são lançadas em um sistema totalmente criptografado, que foi testado pela própria Câmara, por uma consultoria independente e, em alguns momentos pelos próprios agentes, chegando a resultados satisfatórios de segurança e com ferramentas que conferem alta proteção contra vulnerabilidades.

Eduardo Rossi, membro do Conselho de Administração da CCEE, disse que a organização está orgulhosa dos resultados da fase teste e garantiu que as propostas levadas para a ANEEL estão alinhadas com o que o mercado espera. “O monitoramento prudencial se mostrou eficaz para o setor como uma ferramenta de valor e hoje foi um dia importante para catalisar debates sobre o tema para seguirmos fazendo a evolução acontecer”, finalizou o executivo.

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