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CCEE reúne agentes do setor para debate sobre melhorias no monitoramento do mercado

Modelo prudencial, que está em debate na Consulta Pública 011/22, foi proposto pela CCEE para prevenir riscos de liquidez na comercialização de energia

Publicado em: 16/03/23 16:23 hs | Atualizado em 17/03/23 11:43 hs

Encontro sobre Segurança de Mercado realizado pela CCEE nesta quinta-feira (16) reuniu mais de 300 agentes do mercado de energia

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE reuniu nesta quinta-feira (16) agentes de vários segmentos do setor elétrico para apresentar as principais propostas para o monitoramento prudencial. O novo modelo, em debate na Consulta Pública 011/22 da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, foi inspirado nas melhores práticas do mercado financeiro e visa evitar riscos de liquidez no ambiente de compra e venda de energia.

Logo na abertura do encontro, Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, comentou sobre a importância das mudanças previstas. “Hoje, mesmo com as melhores ferramentas disponíveis, não é possível antever potenciais riscos. Por isso estamos empenhados em mudar essa realidade e dar mais tranquilidade e segurança aos investidores”, disse.

Uma das principais mudanças será a solicitação periódica de informações sobre o patrimônio e a alavancagem dos comercializadores e geradores que negociam energia elétrica, o que permitirá que a Câmara avalie as movimentações do mercado. Com isso, a organização espera identificar com mais agilidade condutas anômalas e evitar impactos com eventuais casos de inadimplência.

O evento foi dividido em três painéis. No primeiro deles, a conselheira da CCEE, Roseane Santos, detalhou como será o monitoramento sombra, um período para observação da aplicabilidade das novas regras. “Será uma fase de conscientização, sem penalidades, e com a máxima segurança possível no tratamento dos dados. As informações serão criptografadas e processadas em um ambiente de computação totalmente confidencial preparado pela CCEE”, destacou.

Na ocasião, Fernando Colli, assessor da diretoria da Aneel, mencionou que o Brasil está entre os 10 maiores mercados de energia do mundo e que precisa de aprimoramento nas operações. O executivo também reforçou que os agentes podem, até 17 de abril, contribuir com sugestões na Consulta Pública 011/22, para uma construção coletiva das novas regras.

O debate também contou com a presença de Rodrigo Ferreira, vice-presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico – FASE, que lembrou a resiliência do setor diante dos desafios enfrentados na pandemia de COVID-19 e durante o período de escassez hídrica, em 2021. Ferreira destacou, ainda, a importância do diálogo que a CCEE tem promovido com o mercado para avançar no tema Segurança.

O segundo painel abordou as Metodologias de Risco para executivos da área. A conversa, mediada pela conselheira Roseane Santos, teve a participação dos debatedores Madalena Porangaba, gerente executiva jurídica e de segurança da CCEE, Alan Genaro, sócio-gerente da Riscométrica, Alexandre Viana, CEO da Thymos Energia, e Vitor Gonçalves, especialista de Segurança de Mercado na CCEE.

O terceiro e último painel tratou da Plataforma de Monitoramento Prudencial e dos testes de segurança que estão sendo realizados pela Câmara de Comercialização para assegurar a confiabilidade do sistema que será usado no monitoramento prudencial. O debate voltado para profissionais da área de tecnologia foi coordenado pelo um time de especialistas em Tecnologia e Segurança de Mercado da CCEE: Marcelo Molina, Helen Apolinário, Edson Lugli e Gabriel Brito.

Confira as apresentações:

- Painel 1: Apresentação Institucional sobre as Propostas da Nota Técnica 3.1

- Painel Riscos: Apresentação sobre a metodologia de riscos da Proposta de Monitoramento Prudencial

- Painel Tecnologia: Apresentação sobre a Plataforma de Monitoramento Prudencial - Arquitetura de Solução 

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