Há alguns anos, a CCEE investe em sua Plataforma de Integração para ampliar a produtividade dos agentes e simplificar o acesso aos dados e informações. No entanto, a adesão do mercado está aquém do esperado. Com a iminente abertura de mercado e novas relações comerciais, a importância da integração para garantir a dinâmica adequada e oportunizar novos negócios é cada vez mais fundamental. Por conta disso, a Câmara de Comercialização desenvolverá um estudo para ampliar o uso de APIs no mercado.

A iniciativa integra o Projeto Meta II, estabelecido pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Ministério de Minas e Energia (MME). Após realizar uma concorrência pública, a organização firmou um contrato com duas consultorias para realização do trabalho: VMBears e Skalena.

Durante nove meses, as equipes se debruçarão na análise do cenário tecnológico do mercado de energia e na concepção de um plano estratégico para intensificar a integração dos sistemas. Os principais objetivos do estudo são definir um modelo de negócio, que diversifique os modelos de prestação de serviço por meio das APIs; e modernizar e aplicar novos padrões e ferramentas de integração que surgiram nos últimos anos, ampliando os recursos disponíveis para gerenciamento do ciclo vida das APIs.

“As integrações automatizadas concedem maior produtividade para os agentes e para a própria CCEE, reduzindo custos. Desta maneira, uma plataforma de integração mais moderna e eficiente beneficiará, indiretamente, todos os consumidores de energia elétrica”, comenta Marcelo Molina, gerente executivo de Arquitetura, Desenvolvimento e Operação da CCEE.

Para desenvolver o trabalho, as consultorias e a CCEE utilizarão a abordagem de design thinking para entender o contexto geral, mapeando as jornadas de usuário, limitações e potencial a ser explorado; realizarão benchmarking internacionais e nacionais; e entrevistarão agentes, empresas especializadas e profissionais internos para concepção do produto mais adequado.

Vale ressaltar que o Projeto Meta II decorre de acordo de empréstimo do MME com o BIRD, num montante aproximado de US$ 38 milhões em investimentos, dos quais R$ 33 milhões são destinados à CCEE, para este e outros 3 projetos. A ação fortalece o papel de coordenação ministerial, já que os participantes, como a CCEE, não desembolsam contrapartidas financeiras e atuam em conjunto com o MME para o sucesso do projeto.