A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE levou alguns dos principais temas que vão movimentar o mercado neste ano para os debates do Agenda Setorial 2025. O evento, realizado no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (13), reuniu os maiores líderes e formadores de opinião do segmento para um dia de ampla troca de experiências e informações.

Na abertura do encontro, que colocou em pauta a Agenda Política-Regulatória 2025-2026 o presidente do Conselho de Administração Alexandre Ramos destacou algumas das principais evoluções da organização previstas para o ano. Entre elas, evidenciou o avanço da reestruturação da sua Governança Corporativa, o aprimoramento das suas ferramentas de segurança cibernética e da performance de seus sistemas, o desenvolvimento de plataforma de comunicação e proteção de dados das empresas em monitoramento, a redução dos ciclos de contabilização e liquidação do Mercado de Curto Prazo, o reposicionamento das ações de capacitação da Câmara e a viabilização da primeira fase do Open Energy no Brasil.

Reforçou, ainda, as ações da Câmara para dar continuidade ao sucesso da etapa de abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores da alta tensão, com a perspectiva de realização de workshops para apoiar agentes na transição para o modelo simplificado de migração de consumidores do varejo. “Se pudesse resumir a atuação da CCEE, eu utilizaria as palavras superação e transformação. Reitero todos os nossos compromissos assumidos com os agentes para o ano e o nosso comprometimento para contribuir ativamente com a evolução do setor elétrico brasileiro, prezando sempre pelo diálogo”, afirmou Ramos.

Ao lado dele, estavam Ludimila Lima da Silva, Diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, Mário Menel, Presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico – FASE e o moderador Rodrigo Ferreira, Presidente Executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia – ABRACEEL.

Durante o painel Preços: Formação, projeções e pauta regulatória, o conselheiro Ricardo Simabuku defendeu a necessidade de um aprimoramento contínuo da precificação da energia elétrica no país.

Como exemplo recente, mencionou a implementação do Newave Híbrido em janeiro de 2025, iniciativa que ajudou a aproximar os modelos de cálculo da realidade operativa e reduzir encargos para o consumidor. “Isso traz mais segurança e credibilidade para o mercado livre de energia, uma vez que o comprador tem mais visibilidade sobre o que vai pagar no fim do mês”, argumentou.

No palco, além do executivo, estavam Donato Filho, Diretor Geral da Volt Robotics, Diogo Cruz, Gerente da Programação Diária do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, Celso Dall'Orto, Head de Planejamento e Inteligência de Mercado da PSR e o moderador Alexandre Lopes, Vice-Presidente de Energia da ABRACEEL.

No período da tarde, o conselheiro Eduardo Rossi participou do debate sobre Segurança e Ampliação do Mercado, no qual apresentou quatro pilares principais para o desenvolvimento de uma comercialização de energia cada vez mais robusto. São eles: as melhorias nos critérios de entrada, manutenção e saída de agentes, o monitoramento prudencial, a aplicação de sanções quando necessário e a estruturação de mecanismos de salvaguarda financeira. “A CCEE está preparada para exercer o seu papel em cada uma dessas frentes”, completou.

Com ele, estavam Rui Altieri, Diretor Presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE, Eduardo RossettI, Diretor Executivo Comercial de Produtos Comunicação e Marketing da BBCE e o moderador Bernardo Sicsú, Vice-Presidente de Estratégia e Comunicação da ABRACEEL.