Dados de 1º a 15/05/24 comparados com o mesmo período de 2023 (1º a 15/05/23)

Informações de medição em 22/05/2024, passíveis de ajustes no processo de contabilização

Na primeira quinzena de maio de 2024,  o consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN contabilizado pela CCEE, registrou um aumento de 7,3%, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Ao realizar as análises por ambientes de contratação de energia , enquanto o Ambiente de Contratação Regulada - ACR apresentou aumento de 12,6%, o Ambiente de Contratação Livre - ACL oscilou negativamente em 0,6%.

Na análise por ramos de atividades,  com impacto de dados faltantes, os ramos de serviços (6,8%), transporte (5,6%) e madeira, papel e celulose (3,3%) apresentaram os maiores crescimentos.

Já na análise regional, destaque na queda do consumo no Rio Grande do Sul, que, embora no consumo do ACR tenha registrado alta, muito por conta da estimativa de dados por parte da CCEE, registrou queda em todos os ramos de atividade.

Este cenário é explicado pela análise de temperaturas e chuvas no Brasil. A primeira metade do mês de maio foi marcada pela atuação de um sistema de alta pressão sobre o Sudeste do país, esse sistema de bloqueio impediu o avanço de sistemas frontais sobre o Sudeste, mantendo as chuvas e reduções de temperaturas restritas o Sul do país. Nos primeiros dias de maio um episódio de precipitação expressivo causou enchentes, deslizamento e diversas cidades do RS decretaram situação de calamidade pública.

O episódio foi ocasionado por chuvas associadas a uma frente fria sobre o Rio Grande do Sul, potencializadas pelo transporte de ar quente e úmido de regiões amazônicas. Foram verificados acumulados superiores a 400 mm entre os dias 1 e 5 de maio nas UHE Dona Francisca e Castro Alves, esse valor corresponde a mais de 3 vezes o que a climatologia indica para todo o mês de maio.

Na sequência foram verificadas novas passagens de frentes frias e chuvas associadas, no entanto com volumes inferiores ao primeiro episódio do mês. Dada as condições de umidade do solo, as chuvas, mesmo em menor volume, contribuíram para um repique nas vazões. Esse cenário contribui para um retardo na redução nos níveis dos rios que afetam a capital Porto Alegre e região metropolitana.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um crescimento estimado de 6,3%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as eólicas, as fotovoltaicas e as hidráulicas apresentaram aumento, enquanto as térmicas registraram queda.

Em uma escala percentual decrescente, as eólicas apresentaram um crescimento de 48,2%, seguido das fotovoltaicas (45,6%) e das hidráulicas (0,2%). Com relação às térmicas, estas apresentaram quedas de 4,8% .

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 22/05/2024;
• As análises consideram a comparação do período de 2024 em relação ao mesmo período de 2023;
• Os dados de maio de 2024 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 15 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;