Dados de 1º a 31/10/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 31/10/22)

Informações de medição em 16/11/2023, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN registrou crescimento de 6,2% em outubro/23, em comparação com o mesmo mês de 2022. Este resultado foi impulsionado tanto pelo Ambiente de Contratação Livre - ACL, que cresceu 3,8%, quanto pelo Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que avançou 7,6%.

Com as temperaturas médias maiores tanto em relação à média histórica quanto na comparação com outubro de 2022, com exceção do Amapá, todos os estados apresentaram crescimento, com os maiores níveis percentuais registrados nas regiões centro-oeste e norte, que passam por períodos de extrema seca e ausência de chuvas. Destaques para o Acre (24,1%), Mato Grosso (21,1%), Maranhão (20,4%), Mato Grosso do Sul (16,2%) e Amazonas (15,3%).

Na análise econômica, foram observadas altas expressivas nos setores de comércio (9,4%), serviços (7,2%) e bebidas (8,5%). O setor de bebidas caminha para aumentar estoques para as festas de final de ano e verão de 2024, com destaques para os crescimentos na fabricação de cervejas e chopes (7,8%), refrigerantes (8,2%) e águas envasadas (12,7%).

Nos ramos de comércio e serviços o aumento no consumo de energia elétrica é indicativo de maior movimentação de consumidores e pode também estar relacionado a dias mais quentes. No caso do comércio, a subdivisão de hiper, supermercados e atacarejos, que possui o maior peso no total (68%), avançou 10%. Já nos serviços, a subdivisão que engloba shoppings e prédios comerciais, a com maior peso (20%), subiu 8%, enquanto o consumo de hotéis cresceu 10%, impulsionado por feriados e temperaturas mais elevadas.

Na outra ponta, enquanto o consumo de energia elétrica do setor têxtil parece estar caminhando para a estabilidade (-0.2%), provável resultado da nacionalização da produção de grandes varejistas internacionais, o setor de veículos ainda não enxerga este horizonte, com o consumo caindo 4,7% em relação a outubro de 2022, destacando-se as retrações da fabricação de automóveis, camionetas e utilitários (-4,1%) e a fabricação de ônibus e caminhões (-4,4%).

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um crescimento estimado de 6,3%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior, considerando a importação de 21,6 MW médios no referido mês. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, hidráulicas e as eólicas apresentaram aumento, enquanto as térmicas registraram queda. Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 51,9%, seguido das hidráulicas (10,6%) e das eólicas (1,4%), enquanto as térmicas registraram queda de 16,7%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

•        Este boletim foi publicado no dia 16/11/2023;

•        As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;

•        Os dados de outubro de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;

•        Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;

•        Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;

•        O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;

•        O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em setembro/23, foi de 2,24% e 2,26%, respectivamente;

•        O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;

•        As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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