Dados de 1º a 31/08/23 comparados com o mesmo período de 2022 (1º a 31/08/22)

Informações de medição em 18/08/2023, passíveis de ajustes no processo de contabilização

O consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN registrou crescimento de 3,9% em agosto/23 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Este resultado foi impulsionado tanto pelo Ambiente de Contratação Livre - ACL, que cresceu 2,2%, quanto pelo Ambiente de Contratação Regulada - ACR, que avançou 5,0%. Este mês o volume exportado de energia elétrica para países vizinhos foi reduzido, com apenas 245,4 MW médios. Ao considerar este montante e o volume exportado no mesmo mês do ano passado (836,6 MW médios), o SIN registra alta de 3,0%.

O consumo do ACR, relacionado às residências e pequenos negócios em geral, costuma ser influenciado por condições meteorológicas, com temperaturas maiores significando aumento no consumo de energia elétrica e vice-versa. Em agosto, com exceção do Espírito Santo e de partes do Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Bahia, as temperaturas estiveram acima do verificado em 2022. Como resultado deste cenário, as maiores altas do consumo de energia elétrica no ACR foram nos estados do Acre (26,0%), Mato Grosso (18,2%), Amazonas (16,7%) e Mato Grosso do Sul (12,1%). As maiores quedas ficaram com os estados do Espírito Santo (-6,1%), Rio Grande do Sul (-4,6%) e Amapá (-1,5%).

A CCEE acompanha o consumo de energia elétrica de 15 ramos de atividade. Entre as maiores altas, destaque para o Comércio (10,2%), refletindo menores preços principalmente de produtos da cesta básica, Extração de minerais metálicos (8,6%), acompanhando a elevação de preços no mercado internacional, Alimentícios (6,8%) também devido a uma diminuição dos preços, e Serviços (6,4%), que acompanha a tendência de aumento das vendas de shoppings no segundo semestre. Na outra ponta, as maiores quedas ficaram com os ramos de veículos (-6,0%) setor que ainda dimensiona necessidades de produção após o fim do subsídio governamental para o setor, Químicos (-4,9%) que tem sofrido com forte concorrência internacional principalmente para subsetores relacionados à produção de adubos e fertilizantes, e têxteis (3,1%), que segue tendência de recuo verificada em todo o ano de 2023.

Em agosto novamente o volume de migrações de Unidades Consumidoras (UCs) para o mercado livre registrou recorde, com 826 novas UCs, considerando consumidores livres, especiais e representados por varejistas. No ano já são 4.825 novas UCs no ACL, um montante 65% superior ao mesmo período do ano passado, e 22% maior que 2021, recorde anterior.

No tocante à geração, com embasamento nos dados prévios, nota-se um crescimento estimado de 2,4%, quando comparada ao mesmo período no ano anterior. Em relação às fontes, as fotovoltaicas, as térmicas e as hidráulicas apresentaram aumento, enquanto as eólicas registraram queda. Em uma escala percentual decrescente, as fotovoltaicas apresentaram um crescimento de 62,8%, seguido das térmicas (2,2%) e das hidrelétricas (1,6%), enquanto as eólicas registraram queda de 2,1%.

Para o desenvolvimento deste relatório foram consideradas estas premissas:

• Este boletim foi publicado no dia 18/09/2023;
• As análises consideram a comparação do período de 2023 em relação ao mesmo período de 2022;
• Os dados de julho de 2023 apurados compreendem o período entre os dias 01 a 31 do mês de referência;
• Medição apurada em MW médios no ponto de conexão, isto é, sem as perdas da rede básica;
• Os dados de geração contemplam as novas unidades geradoras modeladas na CCEE ao longo do mês;
• O consumo cativo das unidades consumidoras parcialmente livres está alocado ao ACL;
• O percentual médio mensal de perdas de geração e consumo prévio em julho/23, foi de 2,53% e 2,57%, respectivamente;
• O ACL considera os autoprodutores, varejistas, consumidores livres e consumidores especiais;
• As participações no MRE e/ou no regime de cotas foram analisadas de acordo com a contabilização de cada mês. As variações apresentadas são impactadas pelo movimento de usinas no MRE e para o regime de cotas.

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